terça-feira, 30 de junho de 2009

Nietzsche Cywisnki


Shoegaze foi uma palavrinha inventada para denominar certas bandas que apareceram no Reino Unido nos nos 80. Bandas de garotos que tocavam olhando para baixo, ou de costas, devido à timidez de encarar o público. Além de esconder seu olhar, eles se escondiam atrás de um mar de ruídos e teclados e vocais melancolicos. Jesus And Mary Chain, My Bloody Valentine, as clássicas. Hoje, salvo uma ou outra novidade (de qualidade), esse estilo anda um tanto abandonado, por parte dos músicos e dos apreciadores.

Aqui no Brasil temos algumas bandas respeitadas, e também uma molecada nova que anda fazendo muito ruído por aí. Um deles é o meu amigo Nietzsche Cywisnki (myspace aqui), que teve matéria publicada essa semana na Uol/Mtv (clique para ler). Acompanho o Nit desde quando nos conhecemos pela net, em 2007 e, como sempre digo, ele tem uma sutileza e um talento natural para escrever e compor. No myspace é possível conhecer algumas de suas canções . E aproveitando o assunto, deixo aqui uma coletânea de shoegaze com bandas nacionais (incluindo uma música do Nit ).


1 - Old Magic Pallas - Stargazer
2 - Bandini - The last accolate
3 - Sonic Disruptor - Plastic Sunny Car
4 - Team Radio - Puffy Kid
5 - A Sea of Leaves - Permanent Wave
6 - Low Dream - I Never Had Sugar Dreams
7 - The cigarretes - Different Stories
8 - Nocturno - Différence et répétition
9 - Inverness - Kites
10 - Pin Ups - Candle
11 -Second Come - Run
12 - Inverness - Astral Slide
13 - Pin ups - Loose
14 - Brincando de deus - Til you come
15 - Wry -Never Sleep
16 - Nietzsche Cywisnki - Aurora Experimental

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Chris Garneau - El Radio (2009)


Violoncelos, violinos, acordeon.The Leaving Song, a primeira canção do álbum novo álbum do Chris. Logo de cara, uma música pra lá de intensa. Eu que já não sou uma pessoa alegre logo pensei: se o álbum continuar assim, vai acabar comigo. E para a minha surpresa, a segunda canção já é mais animadinha. Esse menino tem uma capacidade fora do comum de conseguir transormar sentimentos em música. Consegue criar pop songs sublimes, delicadas e intensas. O álbum todo é como uma montanha russa de sentimentos. A melancolia se faz presente do começo ao fim, mas há momentos alegres, infantis e confortantes também.
Sempre digo que a tristeza pode ser bela. Eis um exemplo disso bem aqui.

domingo, 21 de junho de 2009

Patrick Park

Patrick Park - Everyone's in Everyone (2007)


Loneliness Knows My Name (2003)




Acordar cedinho. Pulôver, cachecol. Um capuccino bem quente com chantilly, naquele Café de sempre. Um cd em mãos pra curtir pela manhã, enquanto trabalho. Meu primeiro dia de inverno, a melhor estação do ano. Tudo ganha uma cor diferente no inverno. As pessoas ficam mais bonitas (mais vestidas, no caso do Brasil, principalmente), o sol fraco, ilumina tudo de um modo peculiar. Fico mais feliz no frio.
Lucil jr

-*-

Ouvir Patrick Park no inverno, com esse friozinho mais que confortável e aconchegante. Suas doces e levemente tristes canções, fazem-me pensar no menino que amo. Patrick Park é para aquelas pessoas que já passam por várias "tempestades" existenciais; se sentiram indiferentes e sentimentais em vários assuntos da vida, e mesmo assim não perderam a sua essência; o seu modo de sonhar e sentir as coisas.
Isabelle Simões

segunda-feira, 15 de junho de 2009

American Football - American Football (1999)



De uns anos pra cá, quando ouvimos a palavra Emo, imediatamente pensamos num sujeito andrógino, de franja enorme e laqueada, com um visual dark muuuuuito carregado, sentimentos que não cabem no peito e uma tristeza sem fim. Emo, derivação de emotive hardcore, deixou de ser um sub-estilo musical e se tornou um rótulo, pra esses púberes bizarrinhos que vemos por aí ...

Mas...há muito tempo atrás, numa galáxia muito muito distante...

Emo era apenas um estilo musical. As principais bandas eram de Washington,Illinois, Texas e da Florida. Eram apenas caras que misturavam um rockinho alternativo, uns dedilhados acústicos e algo de punk. Eu curto mais o estilo mais calmo de bandas como Mineral, Sunny Day Real State e American Football. Algumas dessas até lembram um pouco post-rock e math-rock, tem umas viagenzinhas bem bacanas e experimentais. O uso de trompete é um diferencial no American Football. E, como em muitas do estilo, o vocal desafina-se completamente em quase todas as canções. Mas isso, além da falta de tecnica, claro, serve como uma expressão artistica do lirismo contido nas letras. Essa banda conta com Mike Kinsela, que já tocou em muitas outras bandas do estilo. Aliás, a família Kinsela é grande e bem conhecida pelas diversas bandinhas legais que têm.
Enfim, foi difícil pra eu conseguir coragem e seriedade suficiente pra ouvir uma banda desse estilo, mas agora confesso que não consigo parar de procurar mais e mais pra curtir. Vou postar o primeiro do American Football aqui. Um álbum que está entre os meus preferidos, como todos no blog. Tentem se arriscar, sair da cela de curtir só um estilo ou outro, abram a cabeça e ouçam com honestidade. Quem curte um indie rock básico, se não gostar desse álbum, será um hipócrita, preconceituoso. O treco é bom!


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Medos, incertezas, um garoto pensando na menina que ama. American Football.

domingo, 7 de junho de 2009

Iron & Wine - The creek drank the cradle (2002)

Amar tem a ver com se entregar, dar-se e dedicar-se ao outro. Sem esperar o mesmo em retorno.Tratá-lo como você gostaria de ser tratado.Penso assim. Todo o carinho, proteção e cuidados que eu mostro, é como eu acho que seria melhor tratado.
Estava pensando nisso nessa manhã de domingo, fria, ouvindo esse álbum. É o primeiro do Iron & Wine, ou Sean Beam, que é o homem por trás do nome. Os sons, suaves, sussurrados, acústicos, evocam paisagens rurais, campos e riachos, lembram-me de manhãs e fins de tarde confortáveis.