quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Bonnie "Prince" Billy - Discografia Completa



Will Oldham lançou, entre singles, EPs, álbuns e colaborações, mais de setenta discos. Seja utilizando o nome próprio, com sua primeira banda Palace (Palace Music, Palace Songs, Palace Brothers, o nome sempre varia) ou utilizando seu pseudônimo Bonnie "Prince" Billy, ele sempre fez registros acima da média. Sua mistura de americana, country, rock e folk cria uma textura musical orgânica, que flui de maneira natural. A melancolia está sempre presente, mesmo nas canções mais ensolaradas. Oldham é único. Além de músico o cara é fotógrafo (a capa do clássico Spiderland, do Slint, é dele) e ator (confiram a obra mumblecore Old Joy). Encontrei esse LINK com a discografia completa. Aliás, não tão completa assim, já que Bonnie Prince nunca para de compor. Sorte nossa.


A canção I See a Darkness, que já foi gravada por Johnny Cash e, em minha opinião, tem uma das letras mais belas e tristes da música pop.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Kula Shaker - Pilgrim's Progress (2010)

Quick post! : Crispian Mills personifica a voz do brit pop. E o Kula Shaker nunca teve o reconhecimento que merece. Este é o quarto álbum e, segundo a crítica especializada (sempre ela), é o melhor desde o debut.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Flying Burrito Brothers - The Gilded Palace of Sin (1969)

Quando li Alta Fidelidade, do Nick Hornby, descobri vários músicos e bandas novas. Nem todos bons.Afinal, Hornby tem um gosto um tanto quanto...peculiar.Mas entre as melhores descobertas estão Solomon Burke (que voz!) e Gram Parsons com o Flying Burrito Brothers. Esse cara praticamente inventou o alt-country, onde uma tristeza imensa, aquela que só o country é capaz de criar, se mistura ao rock'n'roll, ao gospel, folk e ao pop de maneira perfeita.

Nick Hornby diz que 'Sin City' é uma das melhores canções que já ouviu. Concordo. E mais: 'Christine's Tune (The Devil In Desguise)', 'The Dark End Of The Street' ... clássicos.

Parsons, o Griveous Angel, morreu novo, infelizmente. De overdose. Mas participou de bandas seminais (The Byrds, Flying Burrito Brothers, International Submarine Band) e moldou a música country moderna. Deixou-nos canções carregadas de melancolia e beleza que casam perfeitamente com a solidão (e uma garrafa de José Cuervo, claro).


segunda-feira, 18 de julho de 2011

O'Death - Outside (2011)


O O'Death é uma banda americana de folk/bluegrass/alt country. A primeira vez que ouvi o álbum, jurei ter notado uma coisinha ou outra de Heavy Metal e Punk. Alguns riffs e licks.Mas, no lugar de guitarra...banjo e bandolim. Minhas audições posteriores confirmaram a influência na sonoridade do grupo. Essa junção de tantos estilos pode parecer duvidosa,mas o resultado é quase perfeito.Experimental e pop.
Apesar da banda ter a mesma empolgação e pegada do Punk e do Metal, não espere nada agressivo. É mais aquela coisa no estilo do Neutral Milk Motel, sabe? Ou seja, é (mais que) ótimo. Viciante.

Além de O'Death, esses dias tenho ouvido também Owen,Teenage Fanclub e uma banda cativante de alt/psychedelic que postarei por aqui em breve, o The Ladybug Transistor.
Outside é um álbum daqueles raros, pra ser ouvido sempre do início ao fim, pois todas as canções têm a mesma qualidade. Dificilmente alguma banda deixa-me tão empolgado assim, com tanta vontade de ouvir sempre e sempre...

sábado, 4 de junho de 2011

Belle and Sebastian - Write About Love (2010)

Tenho uma ideia infantil sobre o amor. Quando as pessoas se tornam adultas, sabem tudo sobre relacionamentos: o que fazer, o que não fazer, como se portar.Tudo parece mais um jogo de interesses,manipulação,passa-tempo. Quando criança, pensava no amor como algo simples e bonito. Duas pessoas se conhecem.Descobrem que foram feitas uma para a outra.Se amam durante toda a vida.Ponto final.Essa maneira de pensar atravessou a infância e a adolescência e chegou até a vida adulta. Carinho, palavras bonitas, sinceridade, leveza, conforto. Para mim, amor é isso. Acredito ser possível amar uma única pessoa, passar todos os seus dias ao lado dela. Dias perfeitos.

domingo, 22 de maio de 2011

Bon Iver - Bon Iver (2011)

créditos:http://cashmerecorduroy.blogspot.com

Justin Vernon vai lançar um novo álbum em Junho. Mas a bolachinha virtual já vazou e trago-a, com imenso prazer, a vocês. Ainda nem ouvi. Posto aqui com uma imensa sensação de ansiedade. Tenho um ritual para apreciar novos álbuns de músicos que já conheço e gosto. Deito na cama, coloco fones de ouvido, apago a luz e absorvo da primeira à última faixa.Várias e várias vezes. É o que farei agora.



Mareva Galanter - Ukuyéyé (2006)

Ela: Já ganhou concursos de beleza.É atriz e também música. Qual a chance de ser bem sucedida em todas essas áreas? Poucas. Mas, na França, esse combo de beleza+arte parece funcionar. Vide Carla Bruni e Jane Birkin. Mareva tem dois álbums lançados (este o primeiro). Já trabalhou com gente como Martin Duffy e Rufus Wainwright, além do grupo francês de bossa nova (?) Nouvelle Vague, famoso por fazer versões dos mais variados artistas e estilos.

O álbum: Ukulele+yéyé= Ukuyéyé. O "yé yé" é um estilo musical que surgiu na França no começo dos anos 60. Caracterizado por canções doces, animadas e com uma sensualidade inocente, adolescente. Algo que fez o terrible infant Serge Gainsboug chamar France Gall, uma das maiores expoentes do gênero, de lolita, na época. Aliás, apesar de Serge não ser nada inocente, escreveu várias canções para yé yé girls. A mais famosa talvez seja "Poupee de cire poupée de son", feita para France Gall e gravada por várias bandas posteriormente, inclusive o Belle and Sebastian.

O álbum tem partes bem rock'n'roll, outras que mostram certa delicadeza eletrônica e outras de pura nostalgia sessentista. Mas não é uma mera cópia. Mareva consegue capturar a atmosfera da época sem soar datada. Casa bem o pop francês de 50 anos atrás com o pop atual. E ela ainda toca ukulele! Finalizando: uma garota bonita, com voz doce e que canta em francês? Impossível ser ruim.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Bob Dylan - Time Out Of Mind (1997)

Você deve estar pensando por que postei esse álbum do Dylan, e não o "Freewheelin'", o "Bringing It All Back Home", o "Highway 61 Revisited" ou qualquer outro que, entre lives e bootlegs e compilações passam a marca de meia centena. Primeiramente, é porque você já deve conhecer todos os clássicos do homem.Se não, deveria.E além: os bootlegs e os álbuns considerados ruins e inexpressivos pela crítica também. Todos são perfeitos. Todos.E sim, sou um aficionado no baixinho fanho. E segundo: esse álbum é um dos meus preferidos dele, por motivos pessoais.

Comprei-o três anos depois de ter sido lançado. Há exatos onze anos. Imagine um moleque de treze anos que ouvia classic rock, cabelo comprido, roupas pretas e uma introspecção do tamanho do mundo.Eu. Lembro que na lojinha de cds da cidade não tinha nada legal.Só um álbum do Clapton e esse do Dylan.Levei os dois. O do Clapton era o Pilgrim.Um desastre. Já o Dylan...

Coloquei o cd no aparelho de som, apertei play e, em um clima sonoro orgânico, gravado ao vivo em estúdio, a voz rouca e fanha cantou:

I'm walkin' through streets that are dead
Walkin', walkin' with you in my head
My feet are so tired
My brain is so wired
And the clouds are weepin'.
Did I hear someone tell a lie?
Did I hear someone's distant cry?
I spoke like a child
You destroyed me with a smile
While I was sleepin'.

I'm sick of love, that I'm in the thick of it

This kind of love, I'm so sick of it.

I see, I see lovers in the meadow

I see, I see silhouettes in the window
I'll watch them 'til they're gone
And they leave me hangin' on
To a shadow.

I'm sick of love, I hear the clock tick

This kind of love, ah, I'm love sick.

Sometimes the silence can be like thunder

Sometimes I wanna take to the road and plunder
Could you ever be true
I think of you
And I wonder.

I'm sick of love, I wish I'd never met you

I'm sick of love, I'm tryin' to forget you.

Just don't know what to do

I'd give anything to
Be with you.


As palavras de Dylan foram como um soco em meu estômago. A sonoridade de banda-em-bar-vazio-no-fim-de-noite, a melancolia...nunca tinha ouvido nada assim. O Dylan que eu conhecia era o que cantava Like a Rolling Stone e Blowin' in the Wind. Agora esse, soturno, meio bluesy, era novidade. Time Out Of Mind foi minha porta de entrada real para o universo Dylanesco.

Hoje, voltando da faculdade, passei em um restaurante. Jantei acompanhado de alguns colegas e algumas schwarzbiers. Na volta para casa, sentindo a náusea causada pela bebida, o vento gelado e o silêncio, Love Sick veio à mente. Cheguei e logo tratei de colocar a bolachinha pra tocar. Acho que há uns dois anos não ouvia. Agora é só desligar o computador e dormir, com essa trilha de fundo. Boa noite.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Willard Grant Conspiracy - Regard The End (2004)

Em uma noite insone estava eu no youtube procurando por canais de música. Topei com o Les Sessions Du Cargo . Nos moldes do La Blogotheque, o canal conta com mais de 200 videos de bandas, na maioria, desconhecidas (pelo menos por mim). Das boas descobertas, o Willard Grant Conspiracy foi a melhor. Robert Fisher começou a cantar e pronto: senti que era algo MUITO bom. Impossível não citar Johnny Cash e Bill Callahan como referências, só pra se ter ideia.
Uma voz grave tão imponente quanto a estatura do cantor, dedilhados acústicos, cellos, violinos. Tristeza em canções simples e sinceras sobre perda e solidão. Nessa semana de frio e chuva, mais que bem-vindas. Para ouvir sozinho, tomando uma caneca de café , com o olhar perdido e um nó na garganta.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Glen Hansard and Marketa Irglova - Once (2006)



Noah And The Whale - Last Night On Earth (2011)


Estou devendo alguns textos ao blog.Estou sem tempo para escrever mas, enquanto isso, farei uns posts com coisas que , como sempre, ando ouvindo e creio que mereçam ser apreciadas.

quinta-feira, 3 de março de 2011

sábado, 29 de janeiro de 2011

All Girl Summer Fun Band






quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

The Dubliners - 40 Years (2002)

ParteI / Parte II

Se você conhece The Dubliners não preciso dizer nada.Mas, se não conhece, siga meu conselho: Vá até o hipermercado mais próximo e compre uma Murphy's Irish Stout.Uma não.Umas 7 ou até mais. Pegue esse álbum e ouça o mais alto que puder, acompanhado, claro, da Irish Stout. É a combinação perfeita.Uma overdose de cultura irlandesa. É folk pra festejar, para chapar, pra beber e bater palmas enquanto canta junto. As canções se misturam, tradicionais, festeiras, baladas lindas e doces. Repito, é uma overdose do mais puro folk irlandes. Leve, suave,alegre.



p.s.: Depois de um mês de férias, eis que volto. Espero que esse seja mais um ano de muitos bons álbuns e momentos delicados, melancólicos ou alegres, mas sempre mágicos. E agora vou terminar minha cerveja...