domingo, 28 de março de 2010

Iron & Wine - The Sea And The Rhythm EP (2002)

senha e créditos: longdesertrain.blogspot.com


Algumas bonitas folksongs para uma segunda-feira triste e cheia de saudade...

domingo, 21 de março de 2010

Michael Nau - Apple shaped songs (2006)


Quando ouço o folk tranquilão do Michael Nau, me bate uma preguiça dos infernos. Sério. Às vezes, tenho até que sair do PC, deitar na cama e ficar quietinho ouvindo, de olhos fechados e com um sorrisinho preguiçoso no rosto. Ai ai...é agradável o som, e a voz é um tanto...peculiar. Ele também é o cara por trás do Page France.Mesmo estilo, mesma tranquilidade .E claro,a mesma preguicinha boa...


Orange Juice - You can't hide your love forever (1982)

Mesma história do Felt: outra ‘’bandinha escocesa indie dos ’80 e uma das maiores influências do Belle and Sebastian’’ que adoro. Mesmo mesmo mesmo.






Felt - Discografia

O Felt é uma banda escocesa indie dos ’80 e uma das maiores influencias do Belle and Sebastian. Adoro cada música de cada álbum deles e nem preciso ouvi-los mais, porque já tenho todas decoradas nota a nota em minha cabeça. Mas resolvi postar a coleção por aqui para quem ainda não conhece.Ah, sou suspeito demais para falar deles!








Yann Tiersen - Rue Des Cascades (1996)

Descobri Yann Tiersen como desconfio que muitas pessoas também o descobriram: através do filme ‘’O Fabuloso Destino de Amélie Poulain’’. Daí até eu virar um admirador e tanto do francês, foi um pulo. Suas canções, apesar de terem construções por vezes complexas, não deixam de ser simples. E tocantes. Yann já tocou por aqui antes e em maio tocará novamente na virada cultural do estado de São Paulo.Dessa vez eu irei. De fato, todo dia ouço e já fico imaginando-me lá. Será mágico.

Ólafur Arnalds - Found Songs (2009)

Após assistir ‘’Lo Mejor De Mi’’, levei minha irmã ao cinema. Cheguei e vi mais um filme, ‘’Casualties Of War’’. Depois vesti um casaco e saí para buscá-la. No meio do caminho, do nada, despencou uma tempestade. Parei a moto assim que notei um lugar para me abrigar e entrei . Era a fachada de um laboratório, com uma pequena escadaria. Sentei-me nos degraus.Estava um pouco molhado e, confesso, um tanto contrariado. Sair dia de domingo (ou, no meu caso, sair de casa dia qualquer, é raridade) e tomar uma chuva dessas...

Após alguns minutos sentado e emburrado vi que a tempestade parecia não ter fim. Tentei relaxar. Tirei meu cell do bolso, peguei os fones que sempre levo comigo e comecei a ouvir Ólafur Arnalds. Logo nas primeiras notas, fui tomado de um sentimento raro. Fiquei a música toda quieto, olhando para o nada através da chuva. Desejei que não parasse nunca. Em alguns momentos isso acontece : tudo se torna tão triste e bonito que eu queria ficar ali, como em uma fotografia, para sempre. Fiquei assim, abstraído, em silêncio, concentrado no nada até o álbum acabar. Só então notei que a tempestade tinha virado um chuvisco e eu já poderia ir ao cinema buscar a minha irmã sem ficar encharcado. Suspirei. Subi na moto e fui.

Um dia, há algum tempo, uma amiga perguntou-me se achava a tristeza bonita. Não soube responder porque nunca havia pensado nisso.Mas agora vejo que, como sempre fui uma pessoa introspectiva, silenciosa e solitária (por preferir ser assim, não que eu não tenha uma vida social ou que eu seja anti-social), encontro na tristeza conforto. E, consequentemente, canções tristes dão-me essa sensação de conforto com a qual estou acostumado.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Travis - The Man Who (1999)

Acordei hoje e assim que abri a porta do quarto senti algo diferente.Frio. Não entendi muito bem.Ontem mesmo eu praguejava a respeito do tempo quente e hoje, isso. Tomei meu banho, meu café e, quando abri o guarda-roupas, peguei o pullover com um arzinho de satisfação. Frio é sempre bem-vindo. E toda vez que sinto esse friozinho repentino, algumas lembranças saltam, como o tempo em que fui atirador do exército e saía de casa às 5 da manhã, tudo ainda escuro, tudo ainda calmo e congelante e eu ia cruzando a cidade a passos largos com as mãos nos bolsos da japona e batendo os dentes. Ou quando eu ia para o trabalho a pé, uns vinte minutos de caminhada às sete da manhã. Sempre que passava pela estação de trem abandonada, sentia um conforto e tanto, uma espécie de tranquilidade. A estação solitária e, em volta, um enorme campo gramado e algumas poucas árvores, além de muita neblina. Era uma cena que poderia estar em algum filme do Tarkowski. São coisas como essas que sempre me vem à mente quando o frio aparece. Mas não são só cenas que vivi que me vem à mente. Penso também em canções. E o primeiro álbum em que penso é esse dos escocêses (tinha que ser né...reafirmo aqui: sou fanático por bandas escocesas!) do Travis. As canções, todas singelas e melancólicas, serviram de trilha sonora em minha vida por um bom tempo.Posso até mesmo dizer que esse álbum (assim como o White Album dos Beatles e o This is Just a Modern Rock Song do Belle And Sebastian) mudou a minha vida.

terça-feira, 2 de março de 2010

Eliott Smith - Elliott Smith (1995)


Estou quieto faz algumas semanas. Sumi do mundo real e do virtual. Calei-me. Passo por tempos assim vezenquando. Toda a beleza, a doçura e blah blah blah somem e fico eu, amargo, taciturno, em silêncio. Tenho essa estranha necessidade de ficar só,para sentir-me existente. Algumas pessoas pensam que conhecerão a sí mesmas de um modo melhor se olharem-se com olhos de outrem.Tentar ver a sí como os outros te veem. Faço o contrário: afundo-me em mim , passo por caminhos tão escuros e profundos que eu nunca pensei que pudessem existir - mas existem.

Nesses tempos não consigo ouvir música pop demais, alegre demais, doce demais e afins. Procuro sempre por canções que se relacionam com algo que estou sentindo. Então, como o objetivo desse blog sempre foi o de postar álbuns que tenham uma relação direta e subjetiva com o que estou vivendo no momento, sentiria-me meio falso em postar um álbum de twee pop, quando na verdade estou é azedo...


Agora passa da meia-noite de uma terça-feira chuvosa. Estou em meu quarto, com a porta e a janela fechadas. A gravação lo-fi faz com que a voz, sutil, triste e amarga, misturada aos dedilhados do violão ressoem pelo quarto abafado, criando uma especie de desespero calmo. Quando há um silêncio entre as canções, posso ouvir a chuva. Uma linha de um livro que acabei de ler me vem à memória: ''a vida é assim, feita a golpes de pequenas solidões.'' e hoje não sinto vontade de dizer mais nada.