quarta-feira, 17 de março de 2010

Travis - The Man Who (1999)

Acordei hoje e assim que abri a porta do quarto senti algo diferente.Frio. Não entendi muito bem.Ontem mesmo eu praguejava a respeito do tempo quente e hoje, isso. Tomei meu banho, meu café e, quando abri o guarda-roupas, peguei o pullover com um arzinho de satisfação. Frio é sempre bem-vindo. E toda vez que sinto esse friozinho repentino, algumas lembranças saltam, como o tempo em que fui atirador do exército e saía de casa às 5 da manhã, tudo ainda escuro, tudo ainda calmo e congelante e eu ia cruzando a cidade a passos largos com as mãos nos bolsos da japona e batendo os dentes. Ou quando eu ia para o trabalho a pé, uns vinte minutos de caminhada às sete da manhã. Sempre que passava pela estação de trem abandonada, sentia um conforto e tanto, uma espécie de tranquilidade. A estação solitária e, em volta, um enorme campo gramado e algumas poucas árvores, além de muita neblina. Era uma cena que poderia estar em algum filme do Tarkowski. São coisas como essas que sempre me vem à mente quando o frio aparece. Mas não são só cenas que vivi que me vem à mente. Penso também em canções. E o primeiro álbum em que penso é esse dos escocêses (tinha que ser né...reafirmo aqui: sou fanático por bandas escocesas!) do Travis. As canções, todas singelas e melancólicas, serviram de trilha sonora em minha vida por um bom tempo.Posso até mesmo dizer que esse álbum (assim como o White Album dos Beatles e o This is Just a Modern Rock Song do Belle And Sebastian) mudou a minha vida.

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