domingo, 19 de dezembro de 2010

The Boy Least Likely To - Christmas Special (2010)


O Natal está aí. Vou confessar algo: Uma das coisas de minha infância que mais tenho falta é do sentimento de Natal. Sabe, quando tudo era realmente mágico. Poxa, consigo lembrar-me muito bem da época em que ainda acreditava no bom velhinho. Ainda bem que as decorações natalinas trazem um pouco dessa mágica de volta. É confortante. Outra coisa que ajuda: ver filmes ambientados na época do Natal. Um clássico que verei amanhã: It's a Wonderful Life, de 1947, dirigido pelo grande Frank Capra. Fica aí a dica pra quem quiser ver. E para fechar o pacote de Natal, é claro, música. Os garotos do The Boy Least Likely To lançaram esse ano um álbum de natal não menos que sublime; fofo, aconchegante.


Sufjan Stevens todo ano lança um EP de Natal. Se não me engano, este ano será o nono. Deixo-lhes com o primeiro deles, mais duas mix retiradas de sites indies e o álbum que o Dylan lançou ano passado. Há pessoas (e não são poucas) que não gostaram. Sou suspeito demais pra dizer.Gosto de tudo que Zimmerman faz.
Espero que aproveitem essa overdose de sentimentalismo natalino. Afinal, essa é a ideia do blog.Música em forma de sentimento. Feliz Natal a todos e até o próximo post!

Sufjan Stevens -
Ding! Dong!Songs for Christmas Vol. I
Indie Christmas Mix #1
Indie Christmas Mix #2
Bob Dylan - Christmas In The Heart (pass: Mangialardo)

Northern Portrait - Criminal Art Lovers (2010)

Segunda-Feira. Dia de ver pessoas novamente. Caminhar pelas ruas depois de passar todo o fim-de-semana vendo o céu somente pela janela do quarto, regado a bons filmes e livros. É lugar-comum dizer que segunda-feira é uma droga, o pior dia da semana e por aí vai.Não creio. Como sábado e domingo durmo mais tarde, acordo sempre depois das duas.Passo a manhã sonhando. Gosto da segunda porque é o dia que acordo cedo novamente.Me arrumo, tomo uma caneca de chocolate quente, sem pressa, e vou para o trabalho sentindo aquela brisa matinal no rosto e no peito, enquanto acelero a motocicleta preguiçosamente...
- . -
Todo mundo diz por aí que a sonoridade do Northern Portrait se parece MUITO com a do Smiths. Não podiam estar mais certos. A banda é dinamarquesa, mas é impossível notar isso. A sonoridade é aquele pop oitentista feito no Reino Unido, mas com a sofisticações que só a tecnologia de hoje permite. O som, uma melancolia que tenta ser alegre, é perfeito, justamente, para começar a semana.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Penfold - Amateurs and Professionals (1998)

link retirado do blog: http://vivaxpizza.blogspot.com

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Drinking Games - 5 track EP (2010)

O legal do Myspace é isso: Essa banda me adicionou, e na mensagem disseram: ''Vimos que você gosta de American Football.Talvez goste do nosso som.'' Taí, gostei mesmo! Só por disponibilizarem o EP para download gratuito já merecia a divulgação.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Guided By Voices - Alien Lanes (1995)

Barbas por fazer,barriguinhas de cerveja e cabelos desgrenhados.É incrível a diferença entre o rock alternativo,indie, do começo dos '90 e o de agora. Antes, autênticos representantes da lazy generation. Sujeitos realmente largados, que faziam um som com atitude punk e não ligavam muito pra nada. Hoje: indie-rockers são hipsters. Vestem-se cuidadosamente, sua estética ''suja'' é preparada nos mínimos detalhes.Metrossexuais.Não é por acaso que o número de mulheres que passaram a ouvir indie triplicou,quadruplicou,quintuplicou...


Robert Pollard é uma máquina de fazer (boa) música. São muitos, dezenas, os álbuns em que ele participou, no gbv,solo e com outros artistas. Últimamente o cara está numa onda de lançar uns 3 álbuns por ano (!!!) E sabe o que é mais incrível? Ele sempre acerta. Seu estilo único (3 notas,3minutos) rendeu verdadeiros hinos undergrounds. Então pegue uma cerveja, se jogue no sofá e curta. O clube está aberto.

sábado, 2 de outubro de 2010

Now, Now Every Children - In The City EP (2008)


Tinha esse álbum desde seu lançamento arquivado aqui no meu PC mas nunca tinha ouvido. Semana passada resolvi pegar algumas coisas ao acaso e copiar para o meu cell . Foi assim, ao acaso, que descobri o "Now, Now Every Children", enquanto caminhava por uma rua do centro da cidade à tarde com meus headphones. Resumindo? Indie pop dos bons. Vocal feminino doce e canções mais que confortaveis. Dessas bandinhas pra se ouvir sempre.

The Head and the Heart - The Head and the Heart (2010)

Um post duplo aqui. Primeiro, tenho que mostrar-lhes um canal no youtube,o da rádio KEXP . As bandas e músicos, predominantemente folk, tocam ao vivo no estúdio da rádio. Simples assim. Entre os convidados, alguns nomes conhecidos mas, em sua maioria, desconhecidos (pelo menos para mim). Muitas pequenas bandas regionais (Seattle,WA e arredores) são as atrações.E as melhores.E isso leva ao segundo motivo desse post.

Melodias folks que te pegam de jeito,
grudam,
e deixam o dia mais leve e ensolarado.

Em uma dessas visualizações do canal topei com a banda The Head And The Heart,tocando "Lost In My Mind". É raro eu gostar de algo logo da primeira vez que ouço.Mas foi o que aconteceu. A canção começa com violão e voz e logo entram backin' vocals que remetem imediatamente a algo do CSNY.E isso não é pra qualquer um. Acostumado com a enorme quantidade de drogas que aparecem todo mês e são consideradas as "the next big thing" quando na verdade não são nada além de puro hype,apesar disso...resolvi dar uma chance ao grupo e consegui o álbum.
Foi uma suspresa boa. Do começo ao fim,há a mesma qualidade da canção que ouvi. Melodias folks que te pegam de jeito, grudam, e deixam o dia mais leve e ensolarado.

domingo, 5 de setembro de 2010

Big Star

1972

Radio City (1974)

Third/Sister Lovers (1978)

Senha e crédito dos links: erawilson.blogspot.com

Essa é a discografia do Big Star. Se não conhece, leia sobre eles. Só repito aqui uma coisa que costumo dizer: é impossível gostar de boa música sem conhecer o Big Star. Hoje, quase 40 anos após o lançamento do primeiro álbum,poucos foram os que chegaram a tamanha perfeição pop, à melancolia de Holocaust e à delicadeza de Thirteen.Grandes nomes que vieram depois, como Placebo e Elliot Smith, fizeram suas versões. Mas as originais jamais foram superadas.Jamais serão.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Belle and Sebastian - Write About Love (2010)



Esse video é uma espécie de "tv show"criado pelo Belle and Sebastian e postado na entrada de seu site.É composto por entrevistas, conversas e algumas músicas do novo álbum,"Write About Love".

Durante a produção, A banda criou uma conta no Flickr e pediu para que os fãs escrevessem "write about love" em qualquer lugar, de qualquer jeito, tirassem uma foto ou filmassem e enviassem para eles. A banda escolheria alguns. E os escolhidos foram parar nesse video. Como se só a ideia em sí de contar com a colaboração dos fãs já não fosse algo bacana, eis que minha namorada conseguiu com que uma de suas fotos fossem escolhidas.Isso que é sorte. Imaginem a minha reação ao ver o rosto da pessoa que mais gosto em um video oficial da banda que mais gosto. É... estou babando até agora.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

American Football - EP (1998)


Eu já havia postado o álbum do American Football aqui há um tempo. Esse é o EP deles, e isso foi tudo o que fizeram, infelizmente. Dedilhados perfeitos, letras amargas e uma voz doída.Uma de minhas bandas mais queridas e, em minha opinião,uma das mais injustiçadas dos anos 90. Só "Letters and Packages", que faz referência ao conto "For Esmé,With Love and Squalor" do Salinger (meu autor preferido!) já vale o Ep.

sábado, 31 de julho de 2010

General Fiasco - Buildings (2010)

Os moleques irlandeses do General Fiasco começaram com a banda em 2006 e fizeram seus primeiros shows no ano seguinte.Buildings,o primeiro registro, saiu agora em 2010. Tenho ouvido muito esse álbum ultimamente (na verdade tenho ouvido muita coisa.Muita coisa igual. 99% das bandas indies que estão por aí são idênticas.Se repetem a cada álbum.O mais engraçado é que, geralmente, quem gosta de determinada banda,consequentemente acaba gostando de todas as dezenas de outras semelhantes). Em meio à mesmice, o General Fiasco se sobressaiu logo na primeira audição.Não é nada de novo nem mirabolante, o som. São pop songs melódicas,animadinhas, quase inocentes. São meninos fazendo boa música.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Iron & Wine - The Shepherd's Dog (2007)

Sam Beam, do Iron & Wine, fez seu nome com dois álbuns de folk assombrosos gravados esparçamente.Seu novo álbum, “The Shepherd’s Dog”, leva-o a um novo território, com uma banda completa e uma certa quantidade da magia de um estúdio, um pouquinho disso, cortesia de seu produtor, Brian Deck.

Beam é também um homem de múltiplos talentos – ele dirigiu seus próprios vídeos no passado e fez a arte de seu novo álbum.Nos encontramos uma semana antes do lançamento do "The Shepherd’d Dog”, quando estava se preparando para embarcar em uma turnê pelo leste dos EUA e no Reino Unido.

Imagino que as coisas devem estar bem loucas para você agora,se preparando para lançar um álbum e sair em turnê.

Bem, tenho estado mais ocupado que o normal, mas isso não é ruim.

Você esteve na Bretanha no começo do ano para uma apresentação.Achou o público inglês diferente do público americano?

Não é tão diferente.Há bons lugares para tocar e lugares ruins,mas você pode dizer isso dos Eua também. Mas será bom.Nós não tocamos por lá já tem um tempo.

Você fará a turnê com uma banda completa?

É uma banda com oito músicos.São eles Chad Taylor (Chicago Underground/ Sea&Cake)na bateria,Benny(Massarella) do Califone,na percusão,Matt Lux (Isotope 217)no baixo,Leroy Bach (da primeira formação do Wilco)tocará teclados e alguma guitarra.Paul Niehaus toca pedal steel, Patty (McKinney),que toca comigo desde quando comecei a tocar com uma banda, na guitarra e minha irmã(Sarah Beam) também vai.Acho que são todos.

O novo álbum é bem diferente dos outros, e fiquei impressionado com a aparente facilidade da transição das gravações antigas, simples, para um som mais completo. Você fez o som já para uma banda completa ou começou com algo mais básico?

Faço demos de tudo,só porque gosto.Mas essas foram um pouco mais encorpadas do que as outras, porque eu sabia que queria um álbum mais complexo.E também sabia que queria trazer algumas pessoas para fazer coisas que eu não conseguiria. Então deixei um tanto do álbum aberto, deixei um espaço para surpresas.

Você sente que tendo toda a percussão em volta de você te deixa mais livre no violão?

Não exatamente.É uma espécie de algo mais intuitivo.Eu não tenho nada muito planejado.A raiz das canções ainda é só eu,meu violão e um caderno de anotações. Às vezes o ritmo muda um pouquinho,mas não com freqüência.Muitas vezes, quando a percussão aparece,não combina com o violão ou propositalmente o encobre. Isso depende da música, realmente.

Sei que você disse que ouviu muita música africana no passado.Isso influenciou o resultado do novo disco?

Definitivamente.Há uma canção, “House by the sea”, que é quase uma highlife certinha.

Sim! Ela soa bem oeste-africana, um pouco como algo de King Sunny Ade.

Yeah. Você sabe,a gente começa a empilhar arranjos - usualmente nós tiramos todas as coisas fora depois. Nessa canção, deixamos tudo, como uma grande colagem. Eu amo essa música.

Que outras coisas africanas você ouviu e gostou?

Eu realmente gosto de Ali Farka Toure, algumas das cantoras, mas muita coisa é gravação de campo. As coisas mais novas não conheço muito.Não sei como são mas... provavelmente não devem ser nada tão surpreendentes.É exatamente o tipo de tudo o que temos por aqui.

Você tem um currículo cinematográfico e dirigiu seus próprios vídeos no passado. Tem algo em mente para alguma canção do “ The Shepherd’d Dog”?

Eu meio que passei isso dessa vez para uma garota chamada Lauri Faggioni. Não porque eu não queira fazê-los – realmente quero.Só só não tenho tido muito tempo esses dias.Infelizmente. Espero que no futuro eu faça mais.

O vídeo para “Southern Anthem” é interessante. Estou indo muito fundo nisso ou é uma metáfora para a reconciliação racial?

Não, realmente é. Não é um ensaio, contudo – é mais como um poema.Não é um problema matemático onde se tem a resposta certa.Mas definitivamente quando você tem um cara branco e uma garota negra dando uns amassos é difícil ignorar o assunto.

Especialmente quando a canção é chamada “Southern Anthem”.

Correto.

Bastante gente tem meio que tentado rotulá-lo como um “Artista do Sul” – é esse vídeo uma espécie de reação a isso?

Não é realmente uma reação.Como você disse,a canção é chamada “Southern Anthem”, então quando eu faço um vídeo tento fazer algo...é engraçado poder revisitar uma canção e fazer algo que não ilustra realmente a canção, mas funciona tangencialmente ou trabalha paralelamente com a música de algum modo.

Mas quanto às pessoas me rotularem de um modo ou de outro,não ligo muito pra isso.Honestamente.Quero dizer, eu reconheço que o contexto em que trabalho é o sudoeste, porque é onde cresci e onde estou mais familiarizado.Quero escrever algo que pareça verdadeiro de um certo modo e é isso que eu entendo.Mas ao mesmo tempo, tento escrever canções humanas ,sobre experiências humanas, coisas que espero que pessoas que vivem em qualquer lugar possam entender. Mas o contexto é meio que definitivamente específico, geralmente.


É como se o cinema brincasse dentro de suas canções, de certo modo, porque muitas delas são bem visuais, como “Boy With A Coin”, em que há três cenas. Por isso fiquei curioso se “Pagan Angel and a Borrowed Car” tem algo a ver com a administração do Bush.

(risos)Bem,você pode dizer isso, eu acho.Você pode ter essa leitura, mas você pode ler de vários modos.Essa especificamente veio da idéia de aviões no céu.Mas você pode ler de qualquer modo que quiser.

Acho que foi algo sobre o trecho “righteous drunk fumbling for the royal keys” que me levou a isso.

(risadas) Você pode aplicar isso à canção, mas você pode aplicar isso a um tipo de coisa shakespeariana também. Gosto de escrever de um modo ilustrativo, descritivo. Prefiro descrever a explicar. Até porque eu raramente tenho algo a dizer. É muito mais interessante, para mim, descobrir algum significado que você não sabia que poderia criar.

Estou certo de que meus estudos em roteiro para cinema me ajudaram a fazer isso, mas na verdade isso remonta a um período anterior.Essa foi uma das razões que me levaram a fazer cinema,em primeiro lugar. Sou meio que interessado em comunicação visual. Pra mim é mais sobre sugestionar que argumentar um ponto. Desse modo, cria-se um entretenimento de valor sempre rejuvenescido.

Em algumas canções, como músicas de propaganda – e não me entenda mal.Amo algumas músicas de propaganda. São algumas de minhas canções favoritas no mundo.É que não gosto de escrever isso. A canção vinga ou falha só baseando-se no ponto que você argumenta com sucesso.Gosto de colocar imagens em conjunto, que criam significado se você ouvi-la uma vez, mas se você ouvir outra vez você provavelmente vai ter um significado diferente.

Você tem um modo único de gravar a sua voz – meu amigo chama isso de falsetto sussurrado. Você cantava assim antes de começar a gravar? É exatamente como sai?

É difícil dizer.Acho.Não tomei anotações enquanto estava desenvolvendo (risos).Mas parte disso são só limitações em minha voz.Mas também um monte de coisas de quando comecei, um monte de assuntos sobre os quais eu estava cantando não pediam realmente por alguém que gritasse.Acho que você pode até fazer isso, como um ponto de contraste,mas não parece muito certo. Muitas coisas eram como cartas de amor, então isso levou ao modo como faço.

No novo álbum, é como se estivesse em um outro nível, com muitos efeitos em sua voz.

Nada é realmente sagrado quando se está gravando.Por exemplo, nos recorremos a um Leslie em “Carrousel”.Não é que estávamos tentando ser malucos ou coisa assim, eu só pensei que seria divertido.Nessa canção, o violão e o piano trabalhando juntos soaram como água, então eu pensei que seria divertido fazer isso soar como se estivesse imerso, foi só algo intuitivo,no final. Não há certo ou errado.

créditos do link: http://longdesertrain.blogspot.com

*Tradução livre de entrevista feita pela Pitchfork em 1º de Outubro de 2007.

This is Just a Modern Rock Song:Há dois anos trazendo conforto musical.

Há exatamente dois anos minha namorada e eu começamos esse blog.Sem ambições, de maneira descompromissada.O objetivo era simples: compilar nossos álbuns favoritos,compartilhá-los com todos os que gostam de boa música.

Cada canção tem um clima,provoca uma sensação.Música é para ser sentida, absorvida. Esperamos ter proporcionado, nesses dois anos ,conforto musical a todos os visitantes.Obrigado a quem comenta por aqui; quem visita. Até o próximo post.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Lau Nau - Maailma (2008)



Este é o terceiro cd da Lau Nau.Você pode saber quem é e conhecer os outros dois álbuns aqui.

She&Him

Volume One (2008)
Volume Two (2010)

She & Him é uma banda de indie pop formada por Zooey Deschanel (vocais, piano e banjo) e M. Ward (guitarra e produção). Foi formada em 2006, em Portland, Oregon. Seu primeiro álbum, Volume One, foi lançado pela Merge Records em março de 2008. O duo é aumentado pelos músicos Rachel Blumberg (bateria), Mike Mogis (pedal steel guitar e bandolim) e Mike Coykendall (baixo e guitarra).

"'Cause I have been waitin' for a long, long time
For a boy like you
I won't be waitin' any more cause I know
Baby, baby
I was made for you."

Zooey e Ward se conheceram no set do filme The Go-Getter. O diretor, Martin Hynes, apresentou-os uns aos outros e lhes pediu para cantar um dueto juntos para ser lançado nos créditos finais do filme. A música escolhida foi "When I Get to the Border" de Richard & Linda Thompson.

Zooey tinha feito em sua casa algumas fitas demos. Por um pedido, ela decidiu enviá-las para Ward. Ward chamou-a pouco tempo depois, dizendo-lhe que gostaria de gravar suas canções, assim surgindo a banda She & Him. Zooey, disse em uma entrevista: "Eu sempre amei a música, desde que eu era realmente pequena. Eu só gostava de cantar".

Postado por: Isabelle

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Owen - At home with Owen (2006)


Owen é uma das bandas de Mike Kinsela, o cara que, junto com seu irmão Tim Kinsela e seu primo Nate Kinsela, foi responsável por algumas das canções mais bonitas dos anos 90.Mike já passou por bandas clássicas como o American Football (que postei aqui),Cap'n'Jazz e Joan Of Arc. Em suas empreitadas anteriores o som era recheado de guitarras com dedilhados complexos e voz desafinada,arranjos com metais,além de alguns experimentalismos.Mas tudo feito com um sentimento que poucos músicos conseguem passar.

Com o Owen, Mike faz um folk tranquilo,intimista, que lembra um pouco o Aqualung - menos pop e mais folk. Creio que o belo e confortável video de One Of These Days ilustra muito bem o som. Quando o vi fui tomado de uma imensa nostalgia, de quando era mais novo e ia sempre de bicicleta ao trabalho.Acordava logo cedo, tomava uma caneca de chocolate quente, vestia meu moleton e saia de casa pedalando.A canção me trouxe de volta essa sensação gostosa da manhã: a brisa fria e o silêncio em volta,tudo ainda calmo e o dia, preguiçoso,mal começou.Enquanto ouço Owen,fico com um sorriso tranquilo no rosto,fico em paz.E tudo parece mais bonito e simples.

A família Kinsela

domingo, 18 de julho de 2010

Aberfeldy

Young Forever (2004)

Do Whatever Turns You On (2006)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mopho - Mopho (2000)

O Mopho é uma banda de Alagoas que, como a capa do álbum entrega, faz um som psicodélico bem influenciado por Mutantes e Beatles,mas sem no entanto soar como mera cópia. Eles tem uma aura pop que torna o som grudento,mas não enjoativo.Esse álbum tem uma história engraçada comigo.Ganhei em uma promoção feita por uma revista de Rock que nem existe mais,há quase dez anos. Ouvi e não gostei muito,tanto que troquei-o com um amigo. Alguns anos depois,do nada, surgiu uma música em minha cabeça e eu ficava a cantarolando sem parar a toda hora, mas já estava angustiado por não conseguir lembrar de quem era . Depois de quase um mês tentando pescar em minha memória qual banda tocava a música, lembrei que era o Mopho.Não deu outra, corri até esse mesmo amigo e tratei de conseguir meu cd de volta. E esse é mais um álbum que consta na minha lista de favoritos.

Damon & Naomi - The Wondrous World of Damon & Naomi (1995)

Damon Krukowski e Naomi Yang ficaram conhecidos como membros do clássico Galaxie 500, nos anos 80. Depois que o frontman acabou com a banda sem mais nem menos, o casal chegou a gravar um álbum com o nome Pierre Etoile e também alguns outros álbuns com o nome de Magic Hour (fazendo um som mais experimental e psicodélico).Em 1992 mudaram novamente o nome, mantendo dessa vez os seus prórios. Nesse link tem uma entrevista interessante com eles,feita por um site brasileiro.

''Canções acústicas, lentas e acalentadoras...''

Minha namorada me deu esse álbum de presente e eu o trouxe comigo na mochila. Na volta para casa,enquanto o ônibus ia rápido pela estrada e fora da janela a única luz avistada era a de faróis de um e outro carro que passava, liguei a pequenina lâmpada individual de minha poltrona, abri a mochila e retirei o cd. Comecei então a ler a letra de cada uma das canções. E fiquei ansioso para chegar em casa logo e ouvi-los cantando trechos tão bonitos como ''the wonders of my world don't take so long/to fall to the ground/here lie all my ruined memories/of wonders that could never really be''. Quase seis longas horas depois cheguei em casa.Tomei um banho e preparei uma caneca de chocolate quente.Delicadamente coloquei o álbum no aparelho, sentei-me na cama com a caneca na mão e fiquei alí por não sei quanto tempo, em silêncio, apreciando o som. Acalentador. O álbum acabou.Dei play novamente, deitei na cama com as luzes apagadas e iguei para minha namorada, agora distante.Conversamos um pouco e depois fiquei em silêncio novamente, com The Wondrous World of Damon & Naomi embalando-me até pegar no sono.

domingo, 4 de julho de 2010

Cats On Fire - Draw In The Reins (2006)

Link retirado do blog: http://area51delcorazon.blogspot.com/


O dia hoje foi ensolarado e frio. Passei debaixo de cobertores aconchegantes, tomando chocolate quente a toda hora e ouvindo Cats On Fire, meu mais novo vício. Eu andava meio desanimado de twee pop, pela mesmice e pelo hype desnecessário (sempre) que é feito sobre tantas bandas que na verdade são bem chinfrins...Enfim, o Cats On Fire me deu um novo ânimo. O som? Imagine se os Smiths fizessem Twee Pop. Poisé, musiquinhas grudentas, daquelas que são a trilha sonora perfeita para piqueniques.Canções pra acompanhar batendo palmas e com um sorrisinho bobo e alegre. Hoje meu dia foi mais leve graças a essa banda. Espero que tenha o mesmo efeito em vocês.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Pixies - Free Live Ep (2010)


Tá esperando o que pra baixar o Ep ao vivo que o Pixies disponibilizou em seu site, de graça? Lembrando que eles tocarão por aqui em outubro, no SWU e, claro, eu irei!

sábado, 26 de junho de 2010

Mineral - EndSerenading (1998)

O Mineral, apesar de ter tido vida curta e lançado pouco material, é uma de minhas bandas americanas preferidas. O som melancólico, ora repleto de silêncio,ora explosivo, é uma viagem de sentimentos.Daqueles álbuns sagrados pra ouvir sempre da primeira à última canção.Espero que apreciem.



terça-feira, 22 de junho de 2010

Television Personalities - They Could Have Been Bigger Than The Beatles (1982)

O Television Personalities é uma banda super-ultra-injustiçada: nunca obteve o merecido reconhecimento. Desde 1978, eles fazem um post-punk que, além das caracteristicas comuns ao estilo (como a atmosfera um tantinho ''dark''),tem algo de fofo ou até inocente em seu som lo-fi. Esse disco é uma compilação de singles, unreleased-tracks, regravações de músicas dos dois primeiros álbuns e dois covers do The Creations (banda inglesa de '60 - os covers são ''Painter Man'' e ''Makin' Time''). O álbum ilustra bem os anteriores e creio que seja o certo para quem quer conhecê-los.Television Personalities é daqueles grupos que mais influenciaram outras bandas do que ficaram conhecidos. Prova disso é que eles foram a inspiração de boa parte das bandas compiladas na C86.Precisa dizer mais?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ólafur Arnalds - ...And They Have Escaped the Weight of Darkness (2010)


novo link

Ólafur Arnalds é um multi-instrumentista que veio da Islândia. Ele toca piano, bateria, guitarra e banjo.Em 2007, seu primeiro álbum "Eulogy for Evolution" foi lançado. Ele foi seguido pelo EP "Variations of Static", em 2008. Em 2009, Arnalds lança dois EPs: "Dyad 1909" e "Found Songs" - que você encontra aqui no blog.

Nesse cd uma das músicas que eu mais gosto é "Gleypa Okkur", com aquele barulho de chuva no começo e no final da canção. Perfeito.


Postado por: Isabelle

terça-feira, 15 de junho de 2010

Very Truly Yours - Things You Used To Say (2010)


Hoje de manhã, enquanto caminhava para o trabalho, e sentia o sol sutil de inverno em meu rosto frio, ouvia as canções bonitas desse cd. Lembram as bandas de indiepop da Suécia. Eles são de Illinois, Chicago.


Postado por: Isabelle

domingo, 13 de junho de 2010

Moby - Play (1999)

É incrível. Sempre que acordo, uma meia se foi.Aí tenho que revirar os cobertores até encontrá-la.Feito isso, visto logo a roupa que fica em uma cadeira ao meu lado. Faço uma caneca de chocolate quente e venho até o computador (que fica 24 hs. ligado),checo os e-mails, recados em sites de relacionamento e os comentários aqui no blog,enquanto bebo o chocolate sem pressa e ainda muito sonolento.Depois coloco meu casaco e, por último,sento em frente à minha prateleira de cd's e me faço, toda manhã, sempre a mesma pergunta: ''hoje o dia pede o que?'' Aí corro os olhos pelos cd's, lendo o nome de cada um.Penso,penso,escolho uns dois álbuns, jogo na mochila e vou para o trabalho de moto,sentindo o frio cortante da manhã.Abro o escritório, ligo o Pc, coloco o álbum escolhido para começar meu dia e ouço-o duas,três vezes, enquanto trabalho tranquilamente.Hoje acordei sentindo-me confortável e um pouquinho melancólico.Da janela, o dia se mostra bonito,suave. E isso casa muito bem com o Play.




"Why does my heart feel so bad ?

Why does my soul feel so bad ?"


sábado, 12 de junho de 2010

Leonard Cohen - Songs Of Love and Hate (1971)

Quick post obrigatório: terceiro álbum do Leonard Cohen.Triste,sofrido,belo.Toda vez que ouço ''Avalanche'', sinto-me melancólico imediatamente. Se fico em silêncio ouvindo o poema cantado por Cohen, sinto as lágrimas aparecerem e o coração apertar.E está é somente a primeira canção. Se você acha que toda canção que tem ''la-la-las'' é feliz, ouça ''Sing Another Song, Boys''.Chega a machucar.Sintam as canções de Amor e Ódio de Leonard Cohen.É perfeito do começo ao fim.

Morphine - The Night (2000)

Morfina: o mais poderoso opiáceo, utilizado contra a dor.
Morphine: canções que são a cura para a dor.
Enquanto o fármaco alivia dores físicas, a banda alivia as dores emocionais. Esses foram dias de silêncio.Dias apáticos, letárgicos. E pior que se sentir triste, é não sentir nada. Ia a um café, sentava e ficava um longo tempo olhando as pessoas passarem pela rua, através da vitrine. Olhava bem o rosto de cada um, os gestos.Bebia meu capuccino lentamente, observava as pessoas que estavam no café também. Comiam, conversavam,iam embora. E eu alí no canto, em uma mesa, encolhido, sentindo o frio de um dia nublado e esperando poder sentir algo mais. Em casa, peguei meu álbum do Morphine na prateleira, empoeirado. E logo nos primeiros slides do baixo de duas cordas de Mark Sandman na primeira canção (The Night), finalmente senti algo: conforto.

-*-

Morphine é a banda de Mark Sandman, multi instrumentista que tocava um curioso baixo fretless de duas cordas, somente fazendo slides. Os demais membros da formação nada convencional são um saxofonista e um baterista que, na maioria das canções, toca uma cocktail drum. Sandman tocou , antes de formar o Morphine, no Threat Her Right (que indico). Sua voz aveludada e suas letras, poéticas, ditam o tom de todos os álbuns lançados pela banda. Um misto de jazz, blues e rock (sem guitarras).The Night é o último, póstumo, lançando após Mark Sandman morrer em pleno palco, num show na Itália, vitimado por um ataque cardíaco fulminante.

Death In June - But, What Ends When The Symbols Shatter (1992)


Douglas P. é um homenzinho polêmico.Mas não estou aqui para focar as polêmicas letras, entrevistas e relações do Death In June. Vamos falar de música. E que música! Do começo ao fim, violão e arranjos minimalistas combinados a uma voz tranquila, grave, que resultam em um folk soturno e melancólico (o som é rotulado de neo-folk, apocalyptic folk, post-industrial e blah blah blah...). A banda já contou com Boyd Ryce (esse sim é ''O'' Sr. polêmica e com o brilhante David Tibet - responsável por algumas das mais belas canções que já ouvi, ainda postarei algo dele por aqui) mas agora é uma one-man band. É difícil tentar ''explicar'' como é o som do Death in June. É o tipo de música tão intensa que é feita para ser sentida. E isso basta.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Rocketship - singles (1993-1996)



Para quem gostou da banda, aí está mais um cd composto por singles, b-sides e faixas raras lançadas nesses três anos desde a formação; além das canções "Golden Daffodils", "Your New Boyfriend" e "Like a Dream", que encontramos no álbum "A Certain Smile, A Certain Sadness".
Banda obrigatória para quem gosta de um indiepop de qualidade.


Postado por: Isabelle

sexta-feira, 4 de junho de 2010

500 Days of Summer - Soundtrack (2009)




Sinopse: Quando Tom, azarado escritor de cartões comemorativos e românticos sem esperanças, fica sem rumo depois de levar um fora da namorada Summer, ele volta a vários momentos dos 500 dias que passaram juntos para tentar entender o que deu errado. Suas reflexões acabam levando-o a redescobrir suas verdadeiras paixões na vida.


Depois de Before Sunrise/Sunset, é um dos melhores filmes de romance contemporâneo, para mim. Recomendo!

A trilha sonora então, nem se fala! Só tem coisas boas! The Smiths, Regina Spektor, Doves, Feist, Simon & Garfunkel, Carla Bruni, um bônus track da Zooey Deschanel cantando "Sugar Town", etc. Para quem não sabe, além de ser atriz, ela também tem uma banda chamada She & Him (Depois postarei os dois cds dela aqui, que são ótimos, também!). E conheci outras bandas, como: Wolfmother e Mumm-Ra.Enfim, um dos melhores filmes que assisti esse ano, e uma trilha sonora impecável!



créditos do link para download: Music and Cigarrettes


Postado por: Isabelle

Rocketship - A Certain Smile, A Certain Sadness (1996)



"I'm just waiting
I'm just waiting in the cold, wet snow
I'm just waiting
I'm just waiting for my love
So we can go away
So we can go away to a happy day"


Rocketship é uma banda formada em Sacramento, California, em 1993. Eles já gravaram mais dois álbum depois desse e tocam até hoje. Não conheço muita coisa deles, porque comecei a ouvir essa semana, então estou postando o primeiro álbum.

É um indie pop bem calmo, desses que você se sente bem ouvindo com esse clima frio confortável, debaixo do cobertor com um sorriso no rosto, lembrando de momentos doces.



Postado por: Isabelle

sábado, 29 de maio de 2010

Julie Doiron - Goodnight Nobody (2004)

Julie Doiron é de uma tristeza imensa. Mas aquela triteza que conforta. Dedilhados sutis e simples e um som que, na solidão, serve como um abraço.

Esses últimos dez dias foram alguns dos melhores dias da minha vida. Porque passei-os ao lado da minha menina. Ouvir música, assistir filmes, ir em Cafés à noite, passear de mãos dadas pela cidade. Coisas simples assim se tornam realmente mágicas, bonitas e sublimes quando a pessoa que mais amo está comigo. E quando ela vai embora, no dia seguinte a saudade já é tanta... e a única companhia que tenho é a música.

''Last night, I held you in my arms and I started to cry, and you looked up and squeezed your hands onto my head like you knew why...''

Easy Rider - Original Soundtrack (1969)


Hoje o Dennis Hopper morreu. Fica a dica: se você ainda não viu Easy Rider, ouça a trilha sonora e veja o filme o quanto antes.É um clássico absoluto. E foi roteirizado e dirigido pelo homem.
RIP.


p.s.: Wow! Finalmente tive que apagar um link de download, devido a uma notificação/denúncia enviada ao Google. É sinal de que o blog já está dando o que falar (he he)...agora é torcer para que ele não seja apagado ''de repente'', como tem acontecido a muitos bons blogs por aí ...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Carissa's Wierd - Songs About Leaving (2002)

Estou sem dormir há mais ou menos uma semana. Claro, tiro uns rápidos cochilos no meio da tarde, mas que não repõem as várias horas acordado. Após um certo tempo com insônia, o meu corpo fica mais agitado, em vez de apresentar sinais de cansaço.Bem, meus olhos ardem e estão vermelhos, mas fora isso, sinto uma estranha disposição. Após passar a noite acordado vendo films noir, abri a janela para sentir a brisa fria da manhã quando ouvi os passarinhos cantando. É a melhor hora do meu dia. Tudo é leve,doce e silencioso...

''My life is full of what's not here... ''

Então, dentre os milhares (literalmente)de álbuns em mptrês armazenados no meu PC, escolho um ao acaso e deito na cama, de olhos fechados, com o som baixinho para não acordar ninguém na casa.
Faz uns três anos desde a última vez que ouvi o Songs About Leaving. Eu havia me esquecido do Carissa's Wierd.O som deles é rotulado de ''slowcore'',''sadcore''. E há ainda quem chame de ''chamber rock''.Enfim, não gosto muito de rótulos. Pra mim, são canções feitas sem pressa, sem guitarras gritantes. Apenas violões, piano e cellos.Delicadas e tristes, são algumas das canções mais belas que já ouvi. É o tipo de som onde só quem tem uma certa sensibilidade saberá apreciar...


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tom Waits - Live In Austin, Texas (1978)

01 / 02 / 03 / 04

p.s.: créditos: http://phocomusical.blogspot.com . Não poderia deixar de disponibilizar aqui essa apresentação do grande Tom Waits!E depois escrevo algo decente...que agora estou capotando de sono ;) Zzz...

domingo, 9 de maio de 2010

Benny Goodman - Carnegie Hall Jazz Concert live (1938)



Ok, isso parece estranho...um disco de jazz aqui? Poisé. Sou apaixonado por boa música, não importa o rótulo, o estilo. E esse não é um álbum de jazz qualquer, é o ''Carnegie Hall Jazz Concert'' do Benny Goodman! Você não tem a mínima ideia do que seja,né? para explicações técnicas e históricas, confira a wikipedia ou algum site especializado no assunto.

Quando essa apresentação foi feita, a big band já tinha seu nome consolidado por todo o país. Suas canções tocavam sem parar nas rádios. Cada vez mais comerciais, pops, quadradas e rígidas, haviam perdido muito do verdadeiro espírito jazzistico. O swing, quando surgiu, era tido como algo rebelde, fora dos padrões. E a ideia de fazer um concerto formal na maior casa de shows dos Estados Unidos, um lugar repleto de críticos, músicos eruditos, estudantes e pessoas em ternos de gala, apavorou os músicos. Um deles, ao dar uma espiada pelas cortinas antes da apresentação, chegou a dizer: '' Eu me sinto como uma prostituta na igreja''.O show não começou bem. Lento, sem empolgação alguma. Os músicos estavam duros e a orquestra com medo. Até que Genne Krupa, o bateirista, não aguentou mais a situação. Em um break durante uma canção, ele fez um solo de bateria quase cacofônico. Bateu em todas as peças o mais rápido que pode. Foi como se dissessse aos músicos: ''vamos lá, me acompanhem agora!''. E foi exatamente isso o que aconteceu. A orquestra toda pirou e assim foi feito o show mais foda (porque não há outra palavra para descrevê-lo) da história do jazz. Costumo dizer que, lá em 1938, quando o rock'n'roll nem tinha nascido ainda, Gene krupa fez o primeiro solo de bateria do estilo. E claro, esse é um de meus álbuns favoritos. De todos.


sábado, 8 de maio de 2010

Bruce Springsteen - Nebraska (1982)


Um pequeno gravador em cassete portátil, um violão e uma gaita. Letras longas que contam histórias.Eis o que Bruce Springsteen precisou para criar um dos maiores álbuns de folk de todos os tempos. Bruce, assim como Bob Dylan e poucos mais, conseguiu fazer arranjos orgânicos, que criam uma relação de simplicidade e intimidade, além, claro, de melancolia. Ele gravou todas as canções em sua casa, durante um só dia.Consigo imaginar a cena: Bruce sentado em sua cama, sozinho, olhando pela janela.Ascende um cigarro, dá um trago. Pega o violão e coloca o suporte com a gaita. Aperta ''rec'' e começa a primeira canção...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

The OC - Soundtrack

Mix 1 (2004)

Mix 2 (2004)

Mix 3 (2004)

Mix 4 (2005)

Mix 5 (2005)

Mix 6 (2006)


A trilha sonora de todas as temporadas da melhor série sobre adolescentes já feita. Tem muita, mas muita coisa boa. Boa parte do que está postado nesse blog descobri nesses discos...

ps..: disco 1 ao 5, créditos ao blog http://vicioauditivo.blogspot.com/